Ouviu dizer que pode contar com a termogénese para perder peso? O que é isso? Como funciona e como a estimular para acompanhar um programa alimentar? A Supersmart responde-lhe.
A termogénese é a produção de calor levada a cabo pelos animais homeotérmicos ou "de sangue quente". Permite-lhes manter uma temperatura interna constante, necessária à sua sobrevivência. É também a termogénese que permite queimar as gorduras e transformá-las em calor; suspeita-se por vezes de uma falha no seu funcionamento quando se verifica excesso de peso e obesidade. Por último, a termogénese é também estimulada quando o organismo tem de se defender contra fatores de stress como o frio ou uma infeção; é a chamada termogénese adaptativa.
Existem três grandes vias de produção de calor no organismo humano: a termorregulação hormonal, a alimentação e a atividade física.
Do lado hormonal, tudo se passa ao nível do hipotálamo – uma glândula localizada na base do cérebro e que controla um determinado número de processos do organismo. Quando o corpo arrefece, é esta glândula que recebe os sinais e desencadeia as ações de reaquecimento:
No que toca à alimentação, 40% dos alimentos ingeridos servem de combustível para a produção de calor, durante a digestão (1). Esta digestão tem, aliás, um custo variável em termos de energia. São os lípidos que têm a melhor relação “qualidade-energia” pois são eles que exigem o menor esforço energético por parte do organismo. Inversamente, são as proteínas (mais os glúcidos, em menor medida) que exigem mais energia para serem digeridos e que propiciam a termogénese alimentar (2).
Por último, a atividade física provoca movimentos musculares intensos, contrações e relaxamentos, que provocam a libertação de calor.
De notar que os mecanismos de termorregulação diferem em função do sexo e da idade. Por exemplo, nas mulheres em idade fértil, a temperatura aumenta durante a ovulação, por efeito da progesterona. Pelo contrário, nos idosos, a temperatura corporal tende naturalmente a baixar.
Por fim, o organismo sujeito a uma dieta demasiado rigorosa e que perde rapidamente gorduras reduz naturalmente e de forma duradoura a sua termogénese. É aquilo a que se chama vulgarmente o modo "fome". Trata-se de um mecanismo que propicia o armazenamento de lípidos, dado que estes são pouco onerosos em termos de energia. É, por isso, responsável por um aumento de peso rápido quando se deixa a dieta (3).
Trata-se de um tecido adiposo responsável pela produção de calor e que encontramos nos mamíferos que hibernam. Encontramo-lo também nos humanos, especialmente nos recém-nascidos. Existe também, embora em menor quantidade, nos adultos e em menor quantidade ainda nos indivíduos obesos.
É uma proteína específica do tecido adiposo castanho, a UCP1 (ou "termogenina"), que é responsável pela emissão de calor. Esta proteína dita desacopladora propicia a libertação de calor em detrimento da produção de energia (4).
Por outro lado, um grupo de investigadores mostrou que determinados aminoácidos (valina, leucina e isoleucina), presentes em excesso no organismo, faziam correr um risco de obesidade e de diabetes. Ora, estes mesmos investigadores evidenciaram que se tratava de aminoácidos utilizados prioritariamente pelo tecido adiposo castanho para a produção de calor (5). A estimulação da atividade do tecido adiposo castanho é, por conseguinte, uma das pistas terapêuticas mais promissoras para promover a perda de peso.
Além da atividade física, é possível estimular a produção de calor com a ajuda de alimentos reputados pelas suas capacidades termogénicas: o pimento, o chá e o café. Todos contêm princípios activos (respetivamente capsaicina e cafeína) que estimulam o sistema nervoso simpático, principal motor da termogénese (6). O gengibre aumentaria também a termogénese (7), ao passo que a canela estimularia o "acastanhar" do tecido adiposo (8).
Complementos alimentares termogénicos podem também ajudá-lo(a) a produzir calor e, dessa forma, a aumentar o gasto calórico médio. É o caso deAdvanced Fat Burner, um complemento incontornável que contém 5 ingredientes naturais capazes (inulina, café verde, Coleus forskohlii, crómio, Garcinia e Sphaeranthus indicus) de estimular a termogénese.
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